Dedicado a arte oculta e sua expressão musical. Uma expressão de nossa verdadeira identidade latente e adormecida, que clama despertar. A materialização de textos luciferianos, que nada mais deseja senão libertar. "só o conhecimento traz a liberdade".
Dedicated to a occult art and musical expression. An expression of our true identity latent and dormant, wake up crying. The materialization of texts Luciferian who want nothing more but to liberate. "Only knowledge brings freedom".
"QUE MEUS SEGUIDORES SEJAM POUCOS E SECRETOS. ELES GOVERNARÃO OS MUITOS E CONHECIDOS."
LORD BLASPHEMATE (Brasil) ‘’Lucifer Prometheus - Sun in Aries 0º 0´´ 0` - Equinox’’ CD 2017 (Heavy Metal Rock Records) Por: Tiago Siqueira - AKKELDAMA ZINE
Uma banda que possui 25 anos de estrada e continua fiel aos seus atributos e propósitos originais, não obstante a evolução natural é algo raro a se comemorar no underground brasileiro! O Lord Blasphemate é uma dessas bandas agraciadas com a maturidade acompanhada da fidelidade a sua arte!
Para coroar esse 1/4 de século Hellhammer, a mente criativa por trás da banda lançou esse verdadeiro clássico do Metal brasileiro nos dias atuais! O álbum é um tratado Thelêmico dividido em 8 composições em homenagem ao Arquétipo Luciferiano, sob a ótica da Lei de Thelema, assunto o qual Hellhammer é um alto iniciado e domina com maestria! Musicalmente percebe-se que houve um apuro imenso em relação ao processo de criação e composição, com o álbum dando aquela impressão de ser uma obra conceitual. A obra em si se sobressai e muito em relação ao álbum ‘’Ophiosophia’’ de 2012. Temos aqui um Black Metal com muitas melodias, peso, influências orquestrais e aqueles típicos riffs que remetem a sonoridade do Black Metal grego dos anos 90, marca registrada da música do Lord Blasphemate, que por si só já é autêntica e independente artisticamente falando! Gravação e produção muito bem cuidadas! É o trabalho mais burilado e lapidado da banda até então! Agradará em cheio aos fãs antigos e conquistará uma nova leva de seguidores! A cópia que adquiri foi a digipack. Que senhora arte contida na apresentação! Coisa de primeiro mundo!!! Acompanha encarte com letras e imagens herméticas de tirar o fôlego! Um dos maiores lançamentos nacionais da última década!
LORD BLASPHEMATE – LUCIFER PROMETHEUS (Heavy Metal Rock – 2017)
Logo de cara a primeira impressão foi marcante no que tange a arte gráfica do quatro álbum da banda Lord Blasphemate; digipack com três abas e uma concepção artística primorosa do veterano e talentoso designer gráfico Alcides Burn (parceiro você mais uma vez realiza uma grande obra, não é a toa que o atual logo do meu selo e portal foi obra de sua mente criativa). E “casando” perfeitamente todo o conceito lírico ora abordado pela banda, o qual foca na mitologia grega do titã Prometeu – eis o motivo do título, o qual ainda traz a figura do anjo decaído mais famoso da história, Lúcifer.
Musicalmente a banda dá um show à parte, Black Metal bem na escola grega, guardando certa similaridade com os primórdios do Rottting Christ, contudo não tire conclusões apressadas achando que a o LB é um seguidor ou mera cópia, longe disto – bastante. Uma referência apenas, a qual é no meu entender bem singular e com uma riqueza musical que me deixou ainda mais atônito e a sensação de orgulho de ter um material de primeira grandeza em mãos, cena brasileira cacete. Uma densa áurea soturna e mórbida com melodias na medida certa, nem mais nem menos e que tem resultado sonoro excelente.
Produção impecável, sem pompas, crua e pesada e com tudo soando redondo. Tornando ainda mais prazeroso a audição do track list de cabo a rabo, o qual me deu a impressão de ter sido construído para traçar um gradiente sonoro, o qual nos puxa e foca nossa atenção sem nos atrapalhar na contemplação da obra TODA! Não sei se estou abstraindo demais, mas foi esta impressão que me causou, se não foi intencional paciência mas me trouxe esta sensação.
Parabéns Lord Blasphemate, inteligentes, talentosos e que com honra, honestidade traçam uma trajetória sólida e compatível com seus ideais. Este old banger convida os metalheads para apreciar e ter este precioso material em vossos acervos. Item mui valioso!!!
Maldito, infame, opositor, rival... Assim Ele foi descrito ao longo da História. Tingido e retratado pelos mais diversos elementos bestiais, sua imagem serviu aos mais variados propósitos: Foi o maior amigo da Igreja e quem mais contribuiu para o crescimento de sua religião de “amor pelo temor”. Foi o bode expiatório dos libertinos e rebeldes. O álibi de assassinos e trânsfugas e o arquétipo junguiano da psicologia obscura dos homens. Uma exteriorização da bestialidade humana, que depositando em Sua imagem a justificativa de seus atos animalescos, anestesia assim, sua consciência da responsabilidade pelos seus próprios atos. Ao perpassar dos séculos, sua imagem serviu de esteio aos que insurgiam-se contra a opressão teocrática do papado romano. Dos que enxergavam em sua desobediência, a voz muda da rebeldia ao absolutismo monárquico dos séculos XVI-XVII, representado na máxima miltoniana do “Non Serviam”. Aos burgueses e aristocratas, que por trás de suas máscaras corníferas, transigiam a moral vigente, num grito de liberdade, que só o anteparo da imagem diabólica possibilitaria a transgressão. Aos beatniks e hippies dos anos 50-60, que redescobriram na magia negra a busca pelo autoconhecimento e a imersão em seu subconsciente, para revelar as novas posturas comportamentais da era aquariana. Até aos músicos de Black Metal, que não obstante o desvirtuamento de alguns a vil adoração, serviu de base para o aprofundamento filosófico, como busca de respostas as angústias existenciais. “Diabolu in Versus”, apresenta uma coletânea de poemas, cujo o tema não poderia ser outro, senão o Diabo e que suas idiossincrasias perpassam todo o universo histórico, político, social e religioso descrito acima. Hellhammer T.M.T Magus VI
Lord Blasphemate - Lucifer Prometheus, Sun In Aries 0º0’0 (2017)
Lord Blasphemate - Lucifer Prometheus, Sun In Aries 0º0’0 (2017) (Heavy Metal Rock - Nacional)
01. Lucifer Prometheus Sun in Aries 0°0’0″ - Equinox 02. Heptarchia Mystica - The Enochians Slaves Angelicae 03. The Magician Hierophant of Hadit in Equinox 04. The Paroketh Veil 0 The Sun of Tipharet 05. Draco Estelar Ophidian Ignea 06. In Astral Journey Through of Kingdom of the Quliphots 07. Le Messe Noir - Le Psychodrame Original 08. Heptarquia Mystica - The Enochians Slaves Angelicae (Orchestral Version)
O underground nunca é justo, e as dificuldades com as quais as bandas se deparam são imensas. Imagine então a luta para se manter uma banda por 25 anos na estrada. Surgido no Rio Grande do Norte, o Lord Blasphemate passou por muita coisa nessas duas décadas e meia, mas que lhe valeram o respeito dos fãs de Metal e um posto mais do que merecido entre os principais nomes do Black Metal no Brasil. Por sinal, seu debut, The Sun That Never Dies… (97), tem vaga fácil em qualquer lista de melhores do estilo lançados por aqui, tamanha sua qualidade. Ainda assim, esse é apenas seu 4º álbum completo de estúdio. Sem dúvida uma injustiça.
Quem conhece o trabalho do Lord Blasphemate sabe exatamente o que encontrará aqui. Agora, caso você faça parte dos que ainda não têm familiaridade com a banda, se prepare para escutar um Black Metal forte, pesado, agressivo, mas com boas melodias e uma certa dose de melancolia. Em nível de comparação, seguem a escola grega do estilo, que gerou grupos como Rotting Christ, Varathron, Nightfall, Thou Art Lord, Necromantia, dentre outros ótimos nomes, mas sua música é carregada de personalidade e os nomes citados acima servem apenas como referência ao prezado leitor para se localizar minimamente quanto ao que encontrará aqui.
Os vocais aqui ficaram por conta de Nyarlathotep, que já havia participado de 2 trabalhos anteriores da banda, o CD Ophisophia (13) e o EP Opus Gnosticum Satannae (14), e soam excelentes, bem variados. Nesse ponto, ainda contam com os vocais adicionais de Paulo Santiago (Kataphero), também responsável pelos samples, orquestrações e guitarra adicional, e Jaque Moraes, que faz os vocais femininos presentes em “In Astral Journey Through of Kingdom of the Quliphots”. As guitarras do batalhador Hellhammer, único integrante original ainda presente, fazem um belo trabalho, despejando ótimos riffs e criando um clima bastante soturno em boa parte do tempo. Já a parte rítmica, com o baixista Znameni (ex-Sanctifer) e o baterista convidado Johnny Rodrigues (Infested Blood), realiza um trabalho primoroso, técnico e bem diversificado.
O Lord Blasphemate não é dessas bandas que investem na velocidade. Ela até pode se fazer presente aqui e ali, mas sua música tem como marcas a cadência e as muitas mudanças de tempo. Isso já fica bem claro na soturna faixa de abertura, “Lucifer Prometheus Sun in Aries 0°0’0″ - Equinox” com bons riffs e melodias (reparem como as guitarras possuem boa influência de Metal Tradicional), mudanças de andamento e um teclado muitíssimo bem encaixado. O resultado disso é soturno. De forma alguma podemos deixar de citar as épicas “Heptarchia Mystica - The Enochians Slaves Angelicae”, com partes velozes e que esbanjam rispidez, “The Paroketh Veil 0 The Sun of Tipharet”, essas duas na casa dos 10 minutos, e “In Astral Journey Through of Kingdom of the Quliphots”, com seus mais de 16 minutos de duração, clima melancólico, e ótimo trabalho vocal. Já “The Magician Hierophant of Hadit in Equinox” possui uma pegada mais tradicional, enquanto “Le Messe Noir - Le Psychodrame Original” soa bem agressiva. “Draco Estelar Ophidian Ignea” é bem curta, com pouco mais de 2 minutos e pende para o Dark Metal, com ótimas melodias e belíssimo trabalho vocal, enquanto a última faixa é uma versão orquestrada da 2ª música do CD.
Gravado no Sonora Studio, entre 2015 e 2016, Lucifer Prometheus, Sun In Aries 0º0’0 possui uma produção totalmente condizente com a proposta da banda. Pesada, seca e bem crua, soa bem orgânica, mas tendo deixado todos os instrumentos bem claros e audíveis. A parte gráfica, uma das mais belas que vi esse ano e que vem embalada em um digipack de 3 abas muito caprichado, é mais um grande trabalho de Alcides Burn (https://www.burnartworks.com/), que já trabalhou com bandas como Nervochaos, Krisiun, Rebaelliun, Keep Of Kalessin, Blood Red Throne, Headhunter D.C., dentre muitas outras.
Com uma música pesada, muito bem-arranjada e diversificada, agressiva, mas que não abre mão das melodias que a fazem soar tão soturna e melancólica, o Lord Blasphemate presenteia os fãs de Black Metal com mais um belo trabalho, que honra seus 25 anos de história e deixa mais do que claro o porquê de serem uma das principais bandas de Black Metal do Brasil. Imperdível!
Participações: - Johnny Rodrigues (bateria) - Paulo Santiago (samples, orquestrações, vocal na faixa 5, guitarra e vocal na faixa 6) - Jaque Moraes (vocal na faixa 6)
A banda Lord Blasphemate sempre foi intelectualmente diferenciada dentro do cenário metálico nacional, praticando um Black Metal trabalhado, com melodias obscuras e agressividade requintada. Oriunda de Natal, capital do Rio Grande do Norte, estão na ativa desde 1992, tendo presenteado a cena extrema nacional com ao menos um clássico indiscutível em 1997, o irrepreensível “The Sun That Never Dies…”, primeiro full lenght da banda, construído sobre um Black Metal adornado por orquestrações, vocais femininos, violinos, flautas e violões.
Ali, naquele primeiro álbum, já estava cravada, de modo menos lapidado, a habilidade artística elevada da banda, brilhantemente apresentada em “Lucifer Prometheus, Sun In Aries 0º0’0″ – Equinox”, seu novo e quarto full lenght, onde manuseiam com muita originalidade as formas mais soturnas e obscuras do metal extremo, saindo da zona de conforto do Black Metal ao ousar em arranjos esmerados, construídos por melodias próximas ao Heavy Metal mais tradicional, junto a orquestrações (à cargo de Paulo Santiago, que também cuidou dos samples e algumas linhas de guitarra), teclados, e instrumental diversificado que se entrelaçam de modo natural à agressividade e rispidez, ao longo das constantes variações de andamentos.
O Lord Blasphemate sempre foi uma banda intelectualmente diferenciada dentro do cenário metálico nacional, praticando um Black/Heavy Metal trabalhado, com melodias obscuras e agressividade requintada, chegando às raias do desenvolvimento erudito, principalmente pelo temor emanado de cada movimento de sua marcha agressiva e imperiosa…
Ou seja, temos uma manufatura Black/Heavy Metal, que mescla todas as abordagens de sua inquieta discografia, chegando ao máximo equilíbrio, e já impressionando pelo cuidadoso trabalho gráfico (à cargo de Alcides Burn) num belíssimo digipack, refletindo o requinte musical que a música extrema do Lord Blasphemate atingiu, aos meus ouvidos só comparável à excelência apresentada pelo Therion em álbuns como “Vovin” (1998)e “Deggial” (2000).
Mas muito cuidado, não estamos dizendo que a banda grega é uma das influências deste trabalho do Lord Blasphemate, que tem sim ascendências da cena grega, mas voltada a bandas como Rotting Christ e Nightfall, em suas passagens climáticas, linhas soturnas, e morbidez melódica. Completando as perceptíveis referências temos os pilares Bathory, Venom, e Hellhammer que permeiam qualquer desdobramento do gênero.
Confira a faixa “The Paroketh Veil – The Sun of Tipharet”…
Nesta direção, o trio potiguar, completado por Znameni (baixo), Hellhammer (guitarra) e Nyarlathotep (vocais), chega às raias do desenvolvimento erudito, principalmente pelo temor emanado de cada movimento de sua marcha agressiva e imperiosa, principalmente nos riffsmultifacetados, que transmitem grandiosidade e agressividade na mesma medida, passeando pelas escolas mais extremas, mas também trazendo desenhos harmônicos comuns ao Occult Rock/Metal (ouça “The Magician Hierophant of Hadit in Equinox”), além dos vocais rasgados, e das linhas vigorosas de bateria registradas por Johnny Rodrigues (Infested Blood).
A música engendrada pela banda, que explora tons experimentais, principalmente nas composições mais longas, ganhando ainda mais intensidade e dramaticidade, pela produção orgânica, pesada, e crua, permitindo detalhar cada movimento e artifício harmônico do trabalho, que deixa a catarse do Black Metal de lado, promovendo uma investigação mais cerebral do gênero, emoldurando, ainda, um conceito ocultista da relação entre as figuras de mítico-filosóficas de Lúcifer e Prometeu.
Como bem vimos no texto “LÚCIFER: Uma Entidade do Mal ou o Portador da Luz?”, publicado aqui mesmo no site (confira-o aqui), se nos desatarmos dos grilhões dos dogmas religiosos, enxergaremos similaridades em personagens mitológicos como Lúcifer e Prometeu (além de Shemyaza e Kukulkan) que poderiam ser apenas nomes para a mesma entidade que realmente proporcionou à humanidade o abandono da ignorância intelectual.
Confira a faixa “Lucifer Prometheus Sun in Aries 0°0’0″ – Equinox”…
Em suma, a mitologia nos conta que o titã Prometeu, pertencente a uma raça de gigantes que habitou a Terra antes dos homens, e seu irmão Epimeteu foram responsáveis por dar aos homens e aos demais animais, todas as faculdades necessárias para sua preservação. Prometeu, com a ajuda de Minerva, subiu ao céu e acendeu sua tocha no sol, roubando o fogo dos deuses e o trazendo para o homem, que garantiria sua superioridade perante os outros animais. O fato de que Prometeu roubara a luz dos deuses, e que Lúcifer seria o “Portador da Luz”, seria apenas uma das várias coincidências que não podem ser ignoradas nesta correlação.
Toda esta mística ocultista não é novidade na imagética da banda, tendo seu ápice no EP “Opus Gnosticum Satannae” (2014), que tem sua existência fortemente ligada à Cabala, e onde chegaram a usar frequências inspiradas nos tradicionais rituais dos monges tibetanos, com o poder de alterar o estado de consciência do ouvinte, além de uma introdução com a voz de Aleister Crowley, só pra citarmos alguns dos elementos.
Confira a faixa “In Astral Journey Through of Kingdom of the Quliphots”…
Neste panorama, as sete composições de “Lucifer Prometheus, Sun In Aries 0º0’0″ – Equinox” (a oitava é uma versão orquestral para “Heptarchia Mystica – The Enochians Slaves Angelicae”) são a perfeita harmonização de todos os ingredientes que tornam a música do Lord Blasphemate grandiosa e diferenciada dentro do Metal Nacional, principalmente por faixas memoráveis como “Lucifer Prometheus Sun in Aries 0°0’0″ – Equinox” (que abre o álbum de modo instigante), as épicas “Heptarchia Mystica – The Enochians Slaves Angelicae” (que dá um dinamismo erudito ao Metal Extremo), “The Paroketh Veil – The Sun of Tipharet” (de linhas vocais instigantes, instrumental cadenciado e clima macabro) e “In Astral Journey Through of Kingdom of the Quliphots” (dona de uma melancolia diferenciada, contrastada por angelicais vocais femininos de Jaque Moraes), além da curta, mas impecável ” Draco Estelar Ophidian Ignea”.
Este álbum coloca o Lord Blasphemate na linha de frente da vanguarda do Black Metal nacional, pois mostram muita maturidade como compositores, tendo total domínio da forma que querem dar à sua obra, indo além da experiência musical, se encontrando num padrão de qualidade à nível internacional.
LORD BLASPHEMATE – LUCIFER PROMETHEUS - SUN IN ARIES 0°0’0’’ – EQUINOX
Existe uma ríspida escuridão em muitas bandas Black Metal, buscando na origem norueguesa a
expressão mais caótica do mal, mas também existe uma linha mais
“melódica’, que paira maldosamente sobre os campos do Metal mais
tradicional, para exprimir sua mensagem. É o caso do Lord Blasphemate.
Sem dúvida uma das melhores bandas do estilo aqui no Brasil. O poder de
composição, de unir as trevas necessárias ao estilo e canções belíssimas
carregadas de harmonia contrastando com as letras, é algo que
impressiona. E com certeza, junto com o recente lançamento
Walpurgisnatcht da Elizabethan Walpurga, este é um dos lançamentos mais
importantes esse ano no quesito Black Metal. E, diga-se de passagem, que
o Lord ano passado relançou sua grande demo de 94 num Split junto com a
demo da Elizabethan, recuperando uma história que deve ser muitas vezes
contada. Vou ser sempre repetitivo ao dizer que não vejo destaque nas
08 poderosas faixas desse trampo, mas garanto que a energia de cada
faixa vai se descortinando aos poucos e a cada audição uma inconsciente
empatia vai tomando conta de você, como aconteceu comigo exatamente ao
resenhar esse trabalho e começar a tocar Draco Estelar Ophidian Ignia.
Quase uma balada, uma canção pós-guerra que me conquistou de vez. E
não posso terminar aqui sem falar sobre o trabalho gráfico feito por
Alcides Burn, artista conterrâneo, que na minha opinião executou seu
melhor trampo até hoje. Fora a parte interna ainda dá um show no livreto
num digipack que se abre em três belíssimas partes. Black Metal, que
com toda as sua beleza, nos carrega para verdadeiros sonhos de
liberdade!