Algumas vezes me sinto triste
Olho minha vida como um espelho
Que reflete uma imagem opaca
Como um vidro quebrado
Que reflete imagens de quem nunca fui.
Sinto-me só em meio à multidão.
Um barco náufrago em meio a um mar vazio.
Cercado por hipocrisias humanas
Que a sensatez me fez odiar.
Tento ser uma ilha
Sem barcos que me levem a lugar nenhum
Quero apenas fechar meus olhos
E não ver mais nada.
Correr para longe,para perto de mim mesmo
E então dormir...
Subtrair das profundezas do ser
Os medos que o sono esquece
Voltar para o escuro do berço uterino
E antes de nascer, morrer...
Dentro de mim há um vazio
De planetas que giram no vácuo
No silêncio do nada.
Uma dança lenta do cosmos em perfeita harmonia.
Meus ídolos caíram por terra
Meus altares estão vazios.
Cheios apenas com o sentimento do nada.
Com poeira dos Deuses que se foram.
Que morreram sob o peso de muitos anos
Tenho certeza apenas do fim
Que não roubem minha única certeza.
Deixe-me conduzi-la com minhas rédeas.
Segurá-la através dos vales, que só a mim é dado entrar.
E assim...sem medo... ao nada retornar.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
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